domingo, 21 de fevereiro de 2010

Fotografia Infravermelha

A fotografia de infravermelhos mostra uma espécie de efeito térmico, normalmente as árvores e folhagem branca e céus com nuvens destacadas, é o uso mais comum.

Por Darth Bayne

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Por Publicenergy
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Quando se fotografava com película, era então possível adquirir rolos de emulsão sensível somente a infravermelhos que, através da adaptação de um filtro à lente, permitia fotografar aquilo que era iluminado pela luz nesse comprimento de onda.

Considerações sobre a luz infravermelha (luz IR)

A luz infravermelha não é visível, pois o seu comprimento de onda é maior do que que o da luz visível ao olho humano. Para se conseguir ver a luz infravermelha é preciso um filtro de modo a isolar os comprimentos de onda da luz infra vermelha, para serem captados pelo sensor da máquina. Os objetos tornam-se visíveis pois o sol ou outra fonte de luz emitem um quantidade de luz infravermeha que é refletida ou absorvida pelos objetos.
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Na era digital, infelizmente, não é toda câmera que consegue captar esse espectro de luz, mas as que conseguem trazem como vantagem em relação ao filme a possibilidade de edição no Photoshop. Existem as fotos infravermelhas coloridas ou preto e branco. Nas coloridas, com auxilio de filtros coloridos, é possível adicionar efeitos fantásticos, principalmente na vegetação.

Existem câmeras especiais que captam exclusivamente o infravermelho, mas são caras e possuem um uso específico na indústria e em alguns segmentos da biologia. Por muito tempo o exército americano dificultou a exportação de filmes infravermelhos dos Estados Unidos por conta de seu uso militar. Uma das características desse tipo de fotografia é que apenas fontes de calor (seres vivos) refletem de maneira saliente o infravermelho. As propriedades desse tipo de fotografia já eram conhecidas desde a Segunda Guerra Mundial, quando os alemães usavam as imagens para detectar abrigos camuflados dos aliados.

Material


Máquina Digital

Nem todas as máquinas são capazes de captar a luz infravermelha, e as que captam não o fazem todas da mesma forma. Há diferenças substanciais dentro da própria marca em vários modelos. Isto deve-se ao fato de as máquinas digitais terem um filtro de bloqueio de luz IR interno por cima do sensor, visto que a luz IR degrada a qualidade da luz visível numa fotografia (daí o fato de ter de ser captada separadamente dos outros comprimentos de onda).

Portanto, diferentes máquinas deixaram passar diferentes quantidades de luz IR, conforme o seu filtro interno é mais ou menos forte.

A generalidade das Canons têm um filtro interno demasiado agressivo pelo que obrigam a tempos de exposição muito prolongados, como tal não são a melhor escolha.

Na Nikon a D100/D70/D50 são boas opções.

Fitro

O filtro mais popular para este tipo de fotografia é o Hoya R72 (screw-in). Este é um filtro bastante denso, de tom avermelhado, que bloqueia todos os comprimentos de onda de luz abaixo dos 720nm (nanómetros), deixando passar a luz IR que queremos captar e um pouco de luz normal (vermelho).

Existem outros de fabricantes como a Cokin, a B+W ou a série Wratten da Kodak (89b, 87, 87c) com diferentes níveis de transmissão de luz IR. Este tutorial centra-se no uso do R72.

No campo

A hora

É comum assumir que a melhor hora para fotografia IR será por volta do meio-dia onde a intensidade da luz solar é mais forte, permitindo assim tempos de exposição mais curtos. Mas o fim da da manhã e ainda uma boa parte da tarde também podem resultar bem, se for preciso usando uma abertura maior e prolongando o tempo de exposição.

Tripé

É absolutamente necessário um tripé dado que os tempos de exposição são prolongados, normalmente de 1 segundo para cima conforme a sensibilidade da máquina.
ISO

Usar o mínimo possível sempre, dado que a fotografia de IR tende a ter mais ruído.

Modo

As máquinas enganam-se bastante com o filtro colocado por isso é aconselhável fotografar sempre em modo manual, isto permite uma exposição correta e um melhor treino para este tipo de fotografia.

White Balance

Este é um aspeto crucial para obter uma boa imagem. É preciso usar um WB "custom", usando a máquina para medir o WB recorrendo à função respectiva (nas Nikons o "PRE"). Para contrariar o tom avermelhado do Hoya R72 pode-se medir o WB a partir de algo verde bem iluminado, por exemplo relva ou folhagem, com o filtro IR colocado na lente. Não há problema se demorar algum tempo e isto pode ser feito sem tripé, estamos só a medir o WB não a tirar uma foto, não há problemas de desfocagem, etc... Isto resultará em imagens com tons um puco "sepia" logo saidas da máquina como a imagem a baixo.



Este não é o único WB possível, diferentes WB vão introduzir alterações na cor, como acontece em fotografia normal.

Composição e focagem

É praticamente impossível usar o autofocus das máquinas depois de colocar o filtro dado que é muito denso. Portanto é preciso compor a cena e focar no objecto antes de colocar o filtro, trancar o foco usando o AF Lock ou passando o interruptor da lente/máquina para foco manual e não mexer mais no anel de foco.

Colocar então o filtro na lente com cuidado para não se mexer na lente/camera para não desfocar.

Opcionalmente pode-se fotografar a cena normalmente sem filtro, mais tarde pode vir a ser útil compor a foto normal com a foto IR no pós-processamento digital.

De notar que a luz IR não foca no mesmo ponto que a luz normal. Como o comprimento de onda da luz IR é maior do que o da luz normal o ponto de foco é ligeiramente diferente, normalmente um pouco mais à frente. Muitas das lentes antigas e algumas das actuais "pro" têm umas marcas vermelhas nas lentes. Essas marcas são os index do foco de infravermelho. Para quem tem lentes destas, depois de focar automaticamente, deve rodar o anel de foco do index normal para o index de infravermelho. Caso não tenham as marcas na lente é ir exprimentando. Este problema só se torna mais evidente a aberturas muito grandes onde a DOF é curta e é fácil notar erros de foco. Para aberturas a f11 ou mais é desprezàvel.

Rever

No LCD rever a foto e ver se não existem brancos queimados, que normalmente aparecerão como manchas em azul cyan.

Próximo tópico: Fotografia Infravermelha: Pós-processamento

4 comentários:

  1. Olá

    Não é preciso tirar a lente interna da câmera?

    Oobrigado

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  2. Perguntei errado: gostaria de saber se é necessário retirar o filtro interno da câmera, aquele que barra a passagem da luz infra-vermelha.

    Obrigado

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    1. Dá pra tirar fotos infravermelhas em câmeras comuns da Canon, por exemplo, com filtros de 720nm para cima. Abaixo disso não dá efeito infravermelho. A desvantagem é usar ISO alto e aberturas grandes como F1.8 se quiser tentar algo na mão. Fora isso, só com tripé. Se converter a câmera para FullSpectrum você pode usar filtros abaixo de 720nm, ISO baixo, abertura como F8-F11, velocidades rápidas (diga adeus ao tripé) e focar pelo LiveView sem ficar tudo escuro nos filtros pesados como 850-950nm.

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  3. Eu estou vendendo uma câmera convertida para fullspectrun http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fproduto.mercadolivre.com.br%2FMLB-791897600-sony-alpha-a330-cmera-full-spectrum-uv-ate-o-infravermelho-_JM&h=QAQEbF0Y8 . . . Perfeita

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